(Carlos Esperança, in Facebook, 14/02/2025)

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A desorientação da UE perante o desprezo de Trump é inquietante para os europeístas. A humilhação é consequência da vassalagem aos EUA e, sobretudo, do alinhamento com a estratégia do seu Partido Democrata.
É honrosa a defesa do direito internacional na integridade da Ucrânia pela UE, mas não se percebe o desprezo pelas comunidades russas acossadas na Ucrânia, o que originou a guerra civil desde 2014, nem o contágio da russofobia dos países bálticos ou a sujeição à agenda e aos humores de Zelensky que parecia ser o líder.
Os EUA quiseram a guerra e Boris Johnson, PM do RU, que alinhou sempre a política externa pela dos EUA, foi o principal instigador e, depois, obstáculo a acordos de paz.
Mais do que a guerra entre EUA e Rússia, foi uma guerra do primeiro contra a China, a única potência com capacidade demográfica e financeira para ser rival. Era falso que a Rússia viesse até à Caparica se não fosse travada na Ucrânia, já exausta sem conquistar sequer as regiões maioritariamente russófonas e russófilas. Era, aliás, delirante a ideia de que Putin se atreveria a atacar um país da Nato.
Os EUA conseguiram enfraquecer a Europa e sangrar a Rússia, um duplo objetivo que a destruição do gasoduto Nord Stream 2 denunciou. A russofobia alimentou a guerra e a escolha de Kaja Kallas para as relações internacionais da UE foi mais uma provocação.
Enquanto se demonizava quem defendesse a paz para a guerra que destruiu a Ucrânia, apodado de putinista, cresceu a extrema-direita na UE e hipotecou-se a sua economia. Por mais execrável que seja Putin, não é eterno e, quanto a ditadores, há muitos no Eixo do Bem, pitoresca expressão para os servis do eixo euroamericano, agora agónico.
Com Zelensky a dizer que a paz não se pode alcançar sem a Ucrânia e a UE, agora que já ninguém corre a Kiev para a fotografia, não se percebe de que meios dispõe, apesar de Mark Rutte insistir no apoio da Nato, depois do patrão americano o abandonar, e de Emmanuel Macron e Olaf Scholz se encontrarem em pré-defunção política.
Para suprema ironia, com a UE irrelevante, a decisão vai ser tomada por um condenado no Tribunal Penal Internacional e outro nos tribunais dos EUA, na Arábia Saudita, uma teocracia que exonerou os direitos humanos do seu território.
Hoje, em Munique, JD Vance veio dizer aos europeus que democracia é o respeito pelos partidos de extrema-direita e que não podem anular eleições (Roménia) quando o povo vota ou proibir as redes sociais de influenciar o voto. E, suprema ironia, exigir liberdade de expressão.
Em Munique os sinos dobram por Kiev enquanto Ursula von der Leyen e Kaja Kallas continuam em negação da realidade, com a última – a julgar que é a ministra da Defesa da Letónia, onde foi PM -, a pelejar contra a Rússia.
Correção: “…há séculos”.
’tou a ficar velho.
A moral da história é que a Europa tem pelo menos 2 pesos e 2 medidas, e usa-os consoante se submete aos EUA ou se tenta impor a seja quem for (já se contam pelos dedos das mãos as zonas onde ainda tem influência geo-política).
Se um Nord Stream for sabotado pelos adversários da Rússia, mesmo que penalize directamente a Europa, a UE assobia para o lado e tenta desvalorizar a gravidade da situação. Ao mesmo tempo, faz soar alarmes de que os cabos de telecomunicações e transmissão de dados no fundo dos oceanos estão vulneráveis aos submarinos russos. Mas será que só os russos têm submarinos nos oceanos? Foram os russos que destruíram o Nord Stream?
Como não me dou bem a acreditar em mentirosos, que é o que não falta na UE e na NATO, com os seus “grandes e infalíveis líderes”, incluindo Zelensky, então nada do que digam me interessa. As testemunhas de Jeová também são muito religiosas e bem intencionadas, mas não me convencem. Nunca votei em nenhum deles, não me sinto representado por nenhum deles. Perderam a “credibilidade” que talvez um dia poderiam ter, e quando ela se perde dificilmente se recupera. Tanto assim é que a extrema-direita aldrabona, caceteira e inescrupulosa está já ali a bafejar-lhes o pescoço, pronta para se apresentar como os “verdadeiros defensores dos nossos valores”.
Nem mais, Whale.
Ainda gostava de saber onde é que estes iluminados foram buscar a informação para terem uma imagem tão “execrável” -para usar o termo em questão- do líder russo. À BBC?
Que ele não seja um docinho, acredito. De que forma alguém poderia gerir o maior país do mundo, com várias etnias e acossado à séculos por outras potências?
Eu ouvi, e li, discursos e entrevistas de Putin, desde que o bêbado Yeltsin caiu em desgraça e nunca me transpareceu qualquer ideia de agressividade louca que se parecesse com as que vários líderes ocidentais já exprimiram ao longo de todos estes anos.
O Yeltsin, que vendeu (ou deu) a Rússia ao desbarato e humilhou o próprio povo, é que foi um bacano.
O outro é um filho da puta porque dá coices.
Pois. Então, eu sou putinista.
Estamos conversados. A Rússia está exausta e não conseguiu conquistar todas as regiões russofonas da Ucrânia.
Se a Rússia estivesse exausta, o Tiranossauro, que e um sujeito execrável, não perderia esta oportunidade a despeito do que disse em campanha pois que mentir em campanha para esta gente e peanuts.
A Rússia perdeu tempo a acordar, isso de certeza, e a Ucrânia estava fortemente entrincheirada nas zonas civis, não hesitando em utilizar civis como escudos humanos como se viu em Mariupol.
A Rússia teve ainda a haver se com contra ofensivas com exércitos de mercenários pois que nos sim queríamos conquistar a Rússia. Ou pelo menos enfraquecer o país de tal maneira que a população aceitasse um vendido como Ieltsin ou equivalente.
A Rússia não podia, para conquistar território, despejar em cima de zonas civis tudo o que tinha e fazer o mesmo que acusava Herr Zelensky de querer fazer. Terraplanar a gente que lá vivia.
Por isso teve de ir desgastando os exércitos nazis a custo de perdas próprias. Três anos volvidos a Ucrânia só consegue recrutar gente raptando a nas ruas.
E se querer impedir a pilhagem e a destruição do seu país e defender a sua independência e ser execrável estamos todos a precisar de execráveis desses.
Toda a gente sabe a finalidade com que foi criado o Tribunal Penal Internacional.
Foi criado para perseguir e destruir os inimigos do Ocidente.
Nenhum dos destruidores do Iraque lá sentou o cu e foi so a medo,muito medo que lançaram um mandado contra Netanyahu e dois dos mais notáveis membros do seu bando de assassinos,não esquecendo de lá enfiar também desgraçados do movimento de resistencia palestiniano Hamas, dos quais pelo menos um já tinha sido assassinado.
Mas a fatwa contra Putin saiu certinha e direitinha aos primeiros meses de guerra por ter ordenado a evacuação de crianças de zonas que estavam sob nutrido fogo nazi.
Como bem disse um dos poucos comentadores com vergonha na cara, se algum dia os netos de um dos juízes do TPI pisassem uma mina podia ser que começassem a perceber que deixar crianças em zona de guerra não era boa ideia.
Esta e uma guerra por procuração, sempre foi entre os Estados Unidos e a Rússia e a Uniao Europeus funcionou mais uma vez como idiota útil pensando que isto seria só um bocadinho mais difícil que as destruições da Jugoslávia, do Iraque e da Libia.
Quanto a gente execrável e ditatorial não e preciso ir a Arábia Saudita nem a Putin coisa que muita gente saberia se a vacina COVID lhe tivesse corrido mal e estivessem a cuidar de um familiar a quem a coisa correu pior ainda, tendo ainda sido vítima de negligência médica do mais grosseiro que possa haver.
Antes que alguém me chame Putinista digo apenas que entre a gente execrável que me virou a vida do avesso não se encontra de certeza Putin.
Não e ele de certeza que tem culpa de eu ter de andar a marrar na musculação para não me transformar no que lhe chamava a ele, leia se peixe espada subdesenvolvido.
Quanto a prognósticos para este jogo e pedir ao santo protector dos cachalotes que o Tiranossauro tenha realmente alguma garantia de segurança a longo prazo que faça sentido.
Ou isto ainda pode correr muito pior para todos nós graças a estes bandos de execráveis que sonham cumprir os sonhos de Napoleão e Hitler e já mostraram que se estão nas tintas para as nossas vidas.
E escrevo “nas tintas” para não escrever aqui palavrões.